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9 de ago. de 2011

O papel da televisão na sociedade brasileira

Mais de um mês que não apareço por aqui...isso não é nada legal, mas são ossos do oficio. Porém, hoje retorno as atividades no blog e para começar trago um texto, de minha autoria, que trata sobre a influência da TV brasileira na sociedade.


O papel da televisão na sociedade brasileira

A TV brasileira, nascida na década de 50, desenvolveu-se num clima liberal, com emissoras traçando uma programação de entretenimento, alinhada por parâmetros comerciais que visam principalmente o mercado de consumo, tendo como objetivo principal sua sustentação empresarial e lucratividade, ao lado de uma política de competitividade que hoje opera praticamente sem limites ou obrigações no que se refere ao seu conteúdo[1].
Começo esta resenha a partir do trecho acima, pois vejo nele a grande contradição que se dá no papel da televisão. Ao meu ver, pensar e prognosticar este papel é estar em uma linha tênue do que é bom e ruim ao mesmo tempo. Digo isto, pois “desenvolveu-se num clima liberal, com emissoras traçando uma programação de entretenimento”, quem de nós não gosta de um programa humorístico para dar boas risadas? Mas pelo outro lado, essa “política de competitividade que hoje opera praticamente sem limites ou obrigações no que se refere ao seu conteúdo”, é um dos fatos negativos no que tange as programações televisivas e que ditam o que a população vai assistir.

Ela é a amiga dos solitários e quem, muitas vezes, reuni a família para ver o último capítulo da novela ou aquele jogão de futebol. Mas, por trás de toda a descontração que a televisão oferece creio que ela forma uma massa não crítica, que só recebe informação (seja ela de boa qualidade ou não) e que não se manifesta. Se o Jornal Nacional disse, “tá dito”. Cito o famoso telejornal, pois é um dos melhores exemplos sobre manipulação e escolha do tipo de informação que a população deve receber. Conforme o Professor José de Almeida Amaral (autor da apostila Mídia e Globalização – UNINOVE - pág. 89), enquanto existiam inúmeras pessoas presas devido à oposição ao regime totalitário da época, o telejornal falava sobre o tricampeonato mundial de futebol pelo Brasil. E é óbvio que os menos informados acreditavam que o país vivia em épocas tranqüilas.

Mesmo com o controle remoto, que passa a sensação (falsa) de controle sobre aquilo que “eu” decido assistir, em todos os canais a programação é a mesma. Mais uma vez, ressaltando a força de poder formar uma massa não critica.

No entanto com o advento da Internet a palavra da Tv, talvez, não seja mais a única a imperar, pois agora é permitido que tantas outras palavras (da população) sejam lançadas nas redes sociais digitais, ou seja, na mídia.

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[1]
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=18&id=182

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